Rubem Braga

 

“(…) Bidês ou maçãs, garrafas ou laranjas ou pessoas, tudo para Scliar são na realidade formas, volumes e cores. Ele está a um passo do abstracionismo, mas não creio que se interesse em dar esse passo; desde o momento em que se deu toda a liberdade de pintar o que vê como sente, não carece de abolir o mundo das coisas; pode compor, sobre a sutil melancolia de temas vários – frutas, raramente paisagens – seu poema plástico de tons e valores. Depois de uma incursão pela gravura, ele voltou às cores, mas não ao óleo: é no guache e na têmpera que ele obtém melhor os acordes delicados de sua arte (…)”

 

(Ruben Braga, Revista Senhor, 1961)

 

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