Roberto Pontual

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Roberto Pontual, 1986

 

“(…) Assim, encaro Scliar como exemplo, um mestre, poundianamente falando. Sobretudo o ser humano que soube viver – na amplitude da experiência vital e no mergulho nela – para dar à sua expressão de arte a exata correspondência com o mundo interior pacientemente elaborado e disciplinado. Elaboração e disciplina: seus fundamentos, seus instrumentos. Mas em torno deles faz atuar a matéria flexível dos estímulos recém-emergidos no ato mesmo de pintar, aceitando o acaso, a surpresa e o momento novo.

 

(…) Captado, o mundo de Scliar é essa nova realidade – a de sempre, recuperada, e logo, mais uma vez, volatilizada – que geralmente não sabemos ver na nossa passagem diária e apressada pelas margens desse mesmo mundo real e de imaginações. Aí ele está, com os olhos que não temos.”

 

(Roberto Pontual, 1970)