“No início da década de 60, o escultor Willys de Castro (…) cunhou uma expressão inesperada e brilhante, à qual de tempos em tempos retornam os volpianos: “Volpi pinta vôlpis”.
(…) Sem querer insinuar comparações que soariam descabidas – Scliar seria o primeiro a puxar-me a orelha, se eu o estivesse comparando a Volpi -, ocorre-me inevitavelmente esta frase: “Scliar pinta sclíars”.
(…) Há mais de trinta anos, ele bebe em si mesmo, tendo optado por falar do mundo construtivamente – em ambos os sentidos do advérbio, o ético e o estético.
(…) Como sempre, Scliar esbanja competência, sabe o que se propõe e o atinge plenamente. Como sempre, não quer complicar coisa nenhuma, é direto, é claro, e deixa que seu público frua, sem drama, seu universo ordenado e sereno.”
Olívio Tavares de Araújo (1997)